Homem acusado de homicídio por encomenda vai a júri popular na quinta-feira
ANTÔNIO CRISPIM – ARAÇATUBA
Está programado para a próxima quinta-feira (5), o julgamento de Carlos Augusto do Prado, acusado de matar, sob encomenda, o jovem Nathan Felipe Bernardes Machado. O crime ocorreu na Travessa das Araras, 70, no Bairro Aviação, em Araçatuba, no dia 4 de julho de 2021, por volta de 22h56. Outras duas pessoas são acusadas pelo mesmo crime: a comerciante Taíse Rodrigues Carvalho, suposta contratante e João Paulo Nascimento da Silva, que teria sido o autor dos tiros. O crime foi contratado por R$ 15 mil, dos quais R$ 10 mil ficaram com Carlos Augusto e R$ 5 mil e João Paulo. Como o processo foi desmembrado, agora será o julgamento apenas de Carlos Augusto. A arma usada no crime é uma pistola Taurus calibre 380.
No mesmo dia 4 de julho, houve uma discussão de trânsito, quando Carlos Augusto, que estava de carro, fechou Nathan, que estava em uma bicicleta. Depois, já armado na companhia de uma pessoa que só foi identificada por João Paulo no decorrer das investigações, passou a andar pelo bairro em busca de Nathan, encontrado por antes das 23 horas.
A princípio pensava-se ser apenas um crime decorrente de discussão de trânsito. Porém, no decorrer das investigações, comandadas pelos delegados Paulo Antônio Natal e Rodolfo Carlos de Oliveira, foi apurado que se tratava de crime praticado sob encomenda. Várias testemunhas foram ouvidas na esfera policial corroborando com esta vertente das investigações. Até mesmo Carlos Augusto e João Paulo, em depoimento à polícia confessaram o recebimento e o valor de cada um além do nome da mandante. Em juízo as versões foram mudadas. De acordo com o que foi apurado, Taíse contratou Carlos Augusto para vingar a morte de seu pai.
O CRIME
No mesmo dia do suposto acidente de trânsito, Carlos Augusto e um acompanhante (João Paulo) voltaram a encontrar o rapaz no Bairro Aviação. Eles estavam em um carro e o rapaz de bicicleta. Aproximaram e foram feitos vários disparos. Nathan ainda tentou fugir a pé, mas a dupla que estava no carro se dividiu e houve perseguição. Quando o rapaz caiu, foram feitos novos disparos. Depois a dupla fugiu e o rapaz foi socorrido, ficando internado na Santa Casa.
De acordo com o processo, uma das testemunhas teria ouvido dos acusados de assassinato que, se o rapaz não morresse, ele seria assassinado dentro do hospital. Ou seja, estavam dispostos a cumprir o contrato até o fim.