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Família denúncia falta de dieta na rede pública para pacientes acamados

Patrícia Alves Costa disse que há vários meses vem comprando a dieta para a sua mãe, acamada há mais de um ano, mas que este mês não tem como comprar a suplementação

ANTÔNIO CRISPIM – ARAÇATUBA

Em meio ao caos que vive a saúde pública de Araçatuba, com constantes denúncias de atendimento precário e falta de medicamentos em várias unidades, agora mais um problema foi revelado por Patrícia Alves Costa: a falta de dieta para pacientes acamados. Ela gravou um vídeo ao sair do local onde retirava o alimento, ligado à Divisão Regional de Saúde (DRS). Em tom de desespero, ela apela a políticos para irem ao local e resolverem a questão. Patrícia disse que a situação da família é preocupante, pois precisa de três caixas de suplementação alimentar por mês. Cada caixa custa em torno de R$ 240,00. Ela estava bancando, mas este mês não tem como fazer a compra do alimento.

De acordo com Patrícia Costa, a sua mãe, que está agora com 77 anos, foi diagnosticada com Alzheimer (que é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.

De acordo com o Ministério da Saúde, A Doença de Alzheimer costuma evoluir para vários estágios de forma lenta e inexorável, ou seja, não há o que possa ser feito para barrar o avanço da doença. A partir do diagnóstico, a sobrevida média das pessoas acometidas por Alzheimer oscila entre 8 e 10 anos. O quadro clínico costuma ser dividido em quatro estágios:

– Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais;

– Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia;

– Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva;

Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.

Segundo Patrícia Costa, há mais de um ano a sua mãe ficou acamada, dependendo da alimentação parental (por sonda). Inicialmente o suplemento alimentar foi fornecido pela Prefeitura. Depois, durante dois meses, recebeu do Estado, mas há três meses a família está arcando com todos os custos. “Este mês não sabemos o que fazer”, disse Patrícia, descontente com o descaso do poder público em relação à alimentação de sua mãe e cobrando ações dos políticos.

 

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