Moradores de Taveira afirmam que representante da empresa quer que paguem 50% dos custos para reparar danos nos imóveis
Empresa responsável pelas obras de construção de galerias retomou o trabalho, mas conclusão ainda não tem data prevista; problemas aumentam
ANTÔNIO CRISPIM – ARAÇATUBA
Com a estiagem dos últimos dias, a empresa Vilarinho, contratada pela administração de Dilador Borges Damasceno, retomou o trabalho de implantação de galerias em Engenheiro Taveira. Porém, a obra deveria estar concluída, mas ainda não tem prazo de término. Com isso, os moradores ainda sofrem com falta de água e refluxo de esgoto devido aos imprevistos da obra. A GS Inima Samar mantém equipes no local para socorros emergenciais. Agora, outro problema. Moradores disseram que um representante da empresa propôs que eles (moradores), pagassem 50% dos custos para reparação dos danos aos imóveis causados pela obra. “Isso é um absurdo”, desabafou uma mulher, que não consegue fechar os dois portões de sua residência, além de outros danos estruturais.
Na quinta-feira, a reportagem do portal Nossa Cidade (nossacidade.online) visitou Engenheiro Taveira e falou com moradores. O descontentamento é generalizado. O contrato para obras de drenagem foi assinado com a Construtora Vilarinho Ltda. EPP, no dia 19 de janeiro de 2024, encerrando no dia 18 de janeiro de 2025. O contrato foi firmado no valor de R$ 5.499.930, 61. Até o momento o valor do empenho é de R$ 5.929.800,60. Os pagamentos feitos à empresa totalizam R$ 3.676.407,06. O prazo para execução da obra é de seis meses. Ou seja, o prazo está terminando.
Várias casas apresentam rachaduras e sérios problemas estruturais, como imóveis na esquina das ruas São Paulo e Ouro Preto. A galeria foi coberta, mas não há construção de bocas de lobo. Não há indicativo como será feita a captação de águas pluviais. É possível que novos buracos sejam necessários para construção de bocas de lobo. Casas estão com sérias rachaduras e estão escoradas. Correm o risco de desabamento.
Na Rua Ouro Preto, 70, o proprietário José Calcanho mostrou as rachaduras deixando claro o comprometimento das estruturas. Já na casa número 68, o portão, que antes era com motor, agora só funciona manual. Também há rachaduras.
Na Rua Juiz de Fora, 260, a moradora Maria Aparecida Teixeira mostrou várias rachaduras sem diferentes cômodos. Mas o maior problema é com os portões, que não estão fechado. Além disso, Maria Aparecida recebeu a proposta para pagar 50% para reparação dos danos. Os moradores não estão aceitando pagar parte dos custos para recuperação dos imóveis.
Na esquina das ruas Minas Gerais e Campinas, há muitos tubos de concreto, assim como em várias outras vias, o que deixa claro que a obra está longe de terminar.
A reportagem encontrou as equipes da Vilarinho e da GS Inima Samar em obra na Rua Ouro Preto após a esquina com a Botucatu. A Vilarinho está colocando tubos de concreto para galeria e as equipes da Samar estão de prontidão para socorros emergenciais, pois são constantes os rompimentos de redes de água e esgoto. Moradores reclamam que estão há vários dias sem conseguir chegar com carro na residência.
TUBOS DE CONCRETO
Há tubos de concreto em diferentes pontos de Engenheiro Taveira, o que demonstra que vai demandar muito tempo para conclusão da obra, principalmente se voltar o período chuvoso. Além disso, chama a atenção pontos da galeria sem interligação. Para moradores, a preocupação inicial da empresa foi tapar os buracos e depois retomar o trabalho de implantação de linhas de tubo.
ASFALTO
O desejado asfalto, anunciado pelo prefeito Dilador Borges Damasceno no dia 19 de maio, com início dos trabalhos no dia seguinte, passados seis meses, ainda não começou. E não se sabe quando vai começar. O contrato foi firmado com a Construtora Pérola no valor de R$ 4.490.857,08, mas não houve pagamento.
MINISTÉRIO PÚBLICO
Alguns moradores ouvidos pela reportagem estão confiantes de que o Ministério Público possa interceder para os problemas sejam sanados e as obras executadas satisfatoriamente.





