Empresa denunciada por produtores rurais não tem licença da Cetesb para operar
De acordo com a companhia, a mesma empresa já foi advertida por operar irregularmente
ANTÔNIO CRISPIM – GUARARAPES
Há alguns dias, produtores rurais do Córrego da Divisa, na estrada que liga Araçatuba a Guararapes , procuraram a reedação para expressar preocupação com o resíduo que escorre de uma empresa instalada no local há vários meses. De acordo com os vizinhos, houve vazamento de líquido de odor fétido que escorreu por várias propriedades e chegou a atingir mananciais. Há relatos de morte de peixes em pequenas represas, mas não é possível definir a causa da morte. A reportagem procurou a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e obteve a informação de que a empresa não tem licença ambiental para operar e já foi autuada com advertênciapor não ter as licenças ambientais. Mesmo assim, mantém o funcionamento.
De acordo com produtores rurais que falaram com a reportagem, a empresa trabalha com o processamento de produtos orgânicos. Porém, eles não sabem exatamente o que é feito no local. Diante do problema, disseram que recorreram ao Ministério Público Estadual. Outros chegaram a falar com representante da empresa. “Depois disso, fizeram barreira de contenção, mas o vazamento já havia ocorrido”, disse um vizinho da empresa.
Conforme levantamento feito pela reportagem, a empresa foi aberta no dia 25 de outubro de 2013, mas instalou-se no local, segundo os vizinhos, há menos de dois anos. De acordo com o CNAE (Código Nacional de Atividade Comercial) principal da empresa, ela pode atuar com as seguintes atividades: gestão de aterros sanitários; operação de depósitos de lixo e aterros sanitários para disposição de resíduos não-perigosos; serviços de incineração de lixo; despejo de resíduos não-perigosos em locais de disposição controlada ou vazadouros; eliminação de resíduos não-perigosos pela combustão ou incineração, com ou sem objetivo de geração de eletricidade ou vapor, cinzas ou outros subprodutos para posterior aproveitamento. Há outras atividades secundárias.
CETESB
Como o tipo de atividade exige licença ambiental e exatamente por estar em uma região de produção rural, a reportagem recorreu à Cetesb para saber se a em´resa tinha as licenças exigidas pela legislação. A resposta foi taxativa:
Realmente é um cheiro podre, pois opera coisas fétida. A promotoria pública tem que pedir o fechamento imediato. A coisa fica pior quando esparramam essa “merda” nas lavouras.