Opinião

Dilador quer eleger o presidente da Câmara

Enquanto Lucas Zanatta, que assume a prefeitura de Araçatuba no dia 1º de janeiro não quer interferir na eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal, o prefeito Dilador Borges, que deixa o cargo no dia 31 de dezembro, quer interferir na eleição da mesa, elegendo um nome de sua confiança para a presidência. Ou seja, por meio de outra pessoa – ´residente da Câmara – Dilador quer manter a sua influência política. E se engana completamente quem pensa que ele está preocupado com o futuro de Araçatuba. A realidade [e bem diferente. Quer dificultar a gestão de Zanatta para que possa ganhar força política e ser candidato a deputado estadual em 2026. Ou seja, eleger o próximo presidente da Câmara não é projeto político para Araçatuba. mas um projeto pessoal de Dilador.

 

Reunião com vereadores eleitos

A coluna teve informação de que no dia 23 de dezembro, Dilador se reuniu com vários vereadores eleitos no dia 6 de outubro deste ano. A fonte disse que foram oito ou nove vereadores participantes do encontro. Sem rodeios, Dilador falou na candidatura de Gilberto Batata Mantovani (seu aliado) para a presidência da Câmara. No entanto, a rejeição foi imediata, frustrando os planos do prefeito e do próprio Batata, que sonha acordado com a presidência há mitos anos. Outro nome surgiu, o de Edna Flor, rapidamente vetado por Dilador. Assim, o prefeito sugeriu o nome de outro novo aliado – Denilson Pichitelli, que é presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Araçatuba. O nome foi mais palatável ao grupo, embora não seja novidade. Pichitelli já foi vereador e aliado de outro ex-prefeito. Nova reunião foi marcada para esta sexta-feira (28), quando o grupo pode fechar em torno de um nome. Mas tudo é possível acontecer.

 

Vereadores ausentes

Embora a coluna não tenha conseguido confirmar os nomes dos participantes da reunião com o prefeito – oito ou nove –, confirmou quem não participou: Arlindo Araújo, Luís Boatto, Edna Flor e os três do PL – Fernando Fabris, Sol do Autismo,  João Pedro Pugina e Damião Brito. Não se sabe se Edna Flor foi convidada e não compareceu ou se mais uma vez o prefeito Dilador Borges a deixou fora de seu grupo. O vereador eleito Rodrigo Atayde chegou aa ensaiar articulação apara eleger Edna Flor, mas foi desencorajado. O grupo do prefeito não quer a vice-prefeita na presidência do Legislativo. Antes, o grupo liderado por Dilador já tinha afastado Edna da disputa pela Prefeitura ao não garantir apoio. Preferiu investir em um ilustre desconhecido político, mas de confiança do prefeito, Deocleciano Borella Júnior, que ficou em terceiro lugar. Agora, mais uma vez Edna é preterida. Ou seja, o grupo do prefeito quer distância de Edna Flor.

 

Difícil articulação política

O vereador eleito Fernando Fabris, do PL, se colocou como candidato a presidente da Câmara. Porém, peca ao buscar apoio. Com uma pureza típica dos novatos, Fabris quer apoio puro e simples, sem oferecer nada em troca. Não aceita nem mesmo conversar sobre a eleição da mesa diretora em 2026. Cheio de boas intenções, acredita que isso é o bastante para convencer os demais vereadores a votarem nele. Não é. Essa postura de Fabris pode inviabilizar uma candidatura da situação e até mesmo facilitar a eleição do candidato do prefeito Dilador Borges, que deve estar rindo à toa. Não precisa se esforçar. O adversário está facilitando o seu trabalho. O problema é que isso pode dificultar os primeiros meses da administração de Lucas Zanatta. Isso é tudo que os adversários querem. Seu desgaste para Dilador sair candidato a deputado em alta. Política não se faz apenas com os olhos no presente. É preciso olhar para o futuro.

 

Esperar para ver as reações

Nesta sexta-feira o prefeito Dilador Borges deve se reunir com os vereadores. Entre quais devem estar presentes Gilberto Batata Mantovani, João Moreira, Ícaro Moraes, Rodrigo Athayde, Hideto Honda, Denilson Pichitelli, Carlinhos do Terceiro e doutor Luciano Perdigão. Os vereadores não podem esquecer que dos 12 integrantes da base aliada do prefeito na atual Câmara, apenas dois foram reeleitos – João Moreira e Gilberto Batata Mantovani. Os demais pagaram preço muito alto pela fidelidade ao prefeito e não conseguiram se reeleger. Pelo que se observa, no tabuleiro político o que prevalece é um interesse de um. A não reeleição dos vereadores da base – em uma das maiores renovações da história da Câmara de Araçatuba -, foi apenas efeitos colaterais. Os vereadores precisam ficar atentos a isso. Qual o real interesse? Da cidade ou de um grupo ou pessoa? Precisam ter olhares para a npova administração e não para o passado.

 

One thought on “Dilador quer eleger o presidente da Câmara

  • Nós da direita e que realmente gostamos de nosso país deveríamos nos organizar e também nos reunirmos em algum local para nós articularmos e realmente contra atacar. Pois sem dúvida nenhuma o nosso prefeito precisa de ombro amigo destro do parlamento. Estamos no fim do jogo e precisamos do apoio de todos que amam Araçatuba para que realmente estejamos todos no mesmo propósito de alavancarmos o progresso de nossa cidade e através disso darmos força só Zanatta diante do governo do estado.

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