Estado de SP ultrapassa 5,4 gigawatts de potência instalada na geração própria solar e mantém liderança no País
Segundo mapeamento da Absolar, região acumula R$ 25,2 bilhões em investimentos em sistemas fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos
DA REDAÇÃO – SÃO PAULO
São Paulo é protagonista na geração própria solar entre os estados brasileiros, registrando maior potência instalada da fonte em telhados, pequenos negócios e terrenos. Segundo mapeamento recente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a região acaba de ultrapassar a marca de 5,4 gigawatts em operação em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.O estado possui mais de 562 mil conexões operacionais, espalhadas por 645 municípios, ou 100% dos municípios paulistas. Atualmente são mais de 769 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica.
Desde 2012, a geração própria solar já proporcionou a São Paulo uma atração de R$ 25,2 bilhões em investimentos, geração de mais de 164 mil empregos e uma arrecadação de R$ 7,6 bilhões para cofres públicos.
Para ampliar a sustentabilidade no estado, a Absolar recomenda a criação e ampliação de programas, políticas e mais incentivos locais para o avanço da energia solar, incluindo, por exemplo, a inclusão da tecnologia fotovoltaica nos prédios públicos em geral, nas casas populares e nos de universalização de acesso à eletricidade.
Uma medida crucial para ampliar o protagonismo tanto do estado de SP quanto do País é a aprovação do Projeto de Lei nº 624/2023, que institui o Programa de Renda Básica Energética (REBE). “Atualmente em tramitação nas comissões do Senado Federal, este PL é fundamental para a geração distribuída solar, pois resolve estruturalmente, via lei, o problema das negativas de conexão, feito pelas distribuidoras sob alegação de inversão de fluxo de potência. Essas negativas estão impedindo milhares de consumidores brasileiros, entre residências, pequenos negócios, produtores rurais e gestores públicos, de exercer o seu direito de gerar a própria energia limpa e renovável, para reduzir sua conta de luz”, aponta Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar.
“Como o projeto atualiza a Lei nº 14.300/2022, o marco legal da geração própria renovável, as distribuidoras ficarão proibidas de impedir os consumidores de conectarem sua microgeração distribuída. Se for necessário algum reforço na infraestrutura elétrica para receber esta microgeração, a distribuidora terá responsável por fazer este investimento diretamente, em vez de rever estes custos ao consumidor”, acrescenta Pedro Drumond, coordenador estadual da Absolar em São Paulo.