Geral

Agentes de combate a endemias questionam forma de nomeação de supervisores

Muitos defendem seleção interna com critérios objetivos para a escolha dos supervisores de equipes

 

ANTÔNIO CRISPIM – ARAÇATUBA

Desde o ano passado cresce a insatisfação dos agentes de combate a endemias com a forma como são designados os supervisores de equipes. Além disso, expressam também o descontentamento com os próprios supervisores. Em uma postagem feita em grupo no Facebook em 11 de dezembro do ano passado, ACE relatou fatos, que segundo a postagem, tem causado ˜indignação entre os colegas de categoria”. O problema persiste este ano.

“Criaram esse cargo para supervisor de endemias para fazerem isso com os agentes que são subordinados a eles. Na carteira a categoria é a mesma, Um absurdo tem que ter concurso para cargo ou prova interna para que todos tenham os mesmos direitos e não escolhidos por ser o queridinho do amigo do rei˜, desabafou uma agente de combate a endemias em contato com a reportagem do portal Nossa Cidade (nossacidade.online).

“Tem que fazer alguma coisa. Só criaram para agradar os queridinhos. Na categoria são todos iguais, mas na prática os supervisores só sabem mandar nos outros e ficar dentro do carro com ar condicionado e os demais trabalhando no sol batendo palma pra abrir as residência e olhar os quintais. Lamentável isso que está acontecendo. Um gasto a mais sem necessidade, sendo que está faltando agente de endemias. Todos tinham que voltar para o seu cargo de ACE e trabalharem igual aos demais colegas”, acrescentou.

 

DIFERENÇA SALARIAL É SUPERIOR A R$ 1 MIL

A reportagem do portal Nossa Cidade fez levantamento junto ao portal da transparência da Prefeitura de Araçatuba. Em maio de 2019, eram 97 agentes de combate a endemias. Já em junho do mesmo ano eram 88 agentes e 8 supervisores, todos no regime CLT. Em agosto de 2020 eram 79 agentes e 10 supervisores. No mesmo mês de 2021, eram 72 agentes e 14 supervisores. Em agosto de 2022 e 2023, eram 60 agentes e 14 supervisores.

No mês de agosto de 2024, houve mudança, com 5 agentes efetivos e 58 pela CLT e 14 supervisores pela CLT e salário médio de R$3,3 mil para agentes e R$4,2 mil para supervisores. Já em março de 2025, último mês disponível no portal, são 56 agentes de combate a endemias (efetivos),com salários de R$ 3,6 mil e R$ 3,8 mil e 58 agentes (CLT), com salários médios de R$ 3,6 mil e  15 supervisores (todos CLT), com salário de pouco mais de R$4.920,00. Em relação aos agentes, os números referem-se a lançamentos e há servidor com dois lançamentos.

Como se observa, os salários dos supervisores é bem superior aos dos agentes de combate a endemias e não houve critérios objetivos para escolha e tampouco seleção interna. 

De acordo com o levantamento feito, os mesmos supervisores estão se mantendo nos postos. 

Os supervisores foram escolhidos pela administração passada, sendo mantidos na atual gestão devido ao desempenho nas atividades de combate ao mosquito transmissor da dengue” respondeu a atual administração ao ser questionada sobre os critérios adotados para escolha dos supervisores.

2 thoughts on “Agentes de combate a endemias questionam forma de nomeação de supervisores

  • Quando se sofre assédio moral, perseguição, assédio sexual no caso e muito difícil é tudo isto a base de ameaças por parte de supervisor. E quando você denuncia sabe o que acontece? Mais perseguição no caso, a tantos relatos de perseguição, pessoas ficando doentes devido o que alguns supervisores estão fazendo! A antiga administração não fazia em questão pelo contrário perseguia mais ainda a atual está no mesmo seguimento, já houve denúncia no caso de supervisor, o gerente de campo GJ, não faz nada em questão só protege, e nisto mais agente doente e se afastando do trabalho. Com a nova regra N01 esperamos que o ministério público tome ciência e faça se justiça!

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *