Por determinação do ONS, Cesp inicia redução do vazão mínimo da UHE Porto Primavera a partir desta sexta-feira
Redução de vazão defluente da usina visa preservação de estoques de água para os próximos meses nos reservatórios localizados no início da cascata do rio Paraná. Medida cumpre determinação do Operador Nacional do Sistema Elétrico e do Ministério de Minas e Energia
Em cumprimento à determinação do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e do Ministério de Minas e Energia, a Cesp (Companhia Energética de São Paulo) inicia, a partir desta sexta-feira (2/5), a redução gradativa e controlada da vazão mínima defluente da UHE Engenheiro Sérgio Motta (Porto Primavera). A medida faz parte de uma ação conjuntural dos dois órgãos e busca, considerando as condições hidrometereológicas, minimizar o risco de esvaziamento dos reservatórios da bacia do Rio Paraná, incluindo os rios Grande e Paranaíba, e preservar a segurança eletroenergética do País. A UHE Porto Primavera está localizada na divisão entre os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, sendo a penúltima na cascata composta por 19 hidrelétricas com reservatórios em operação na bacia do rio Paraná.
Canais de comunicação
ONS estima afluências estáveis durante o mês de maio
O boletim do Programa Mensal da Operação (PMO) para a semana operativa entre 03 e 09 de maio traz uma indicação de estabilidade nas projeções de Energia Natural Afluente (ENA) ao final de maio, ante a previsão inicial. A afluência deve ser inferior à média esperada para o período em todos os subsistemas. No Sudeste/Centro-Oeste, o indicador deve chegar a 86% da Média de Longo Termo (MLT). Na sequência, estão o Norte, com 70% da MLT; o Sul, com 49% da MLT; e o Nordeste, com 39% da MLT.
A perspectiva de estabilidade também é observada nos resultados atuais de Energia Armazenada (EAR). Em 31 de maio, três regiões podem apresentar números superiores a 70%: o Norte, 98%; o Nordeste, 73,2%; e o Sudeste/Centro-Oeste, 71,4%. O Sul ao final do mês deve registrar 37,7%.
Seguimos otimizando os recursos, com uma política operativa de preservação dos reservatórios, o que se reflete na perspectiva de EAR acima de 70% em três subsistemas. Estamos atentos aos cenários, tomando as melhores decisões conforme os cenários vão se concretizando”, afirma Christiano Vieira, diretor de Operação do ONS.
A tendência para a demanda de carga também está similar à apresentada inicialmente para maio, com possível expansão no Sistema Interligado Nacional (SIN) e em todas as regiões. O crescimento no SIN é estimado em 1,9% (80.541 MWmed). A indicação de aceleração mais expressiva segue prevista para o Norte, com 5,3% (8.081 MWmed) e seguida pelo Sul, com 4,1% (13.490 MWmed). Para o Nordeste e o Sudeste/Centro-Oeste, o crescimento da carga deve ser de 3,6% (13.510 MWmed) e 0,3% (45.460 MWmed). Os percentuais comparam as projeções de maio de 2025 com os resultados verificados no mesmo período de 2024.