Sustentabilidade

Por determinação do ONS, Cesp inicia redução do vazão mínimo da UHE Porto Primavera a partir desta sexta-feira

Redução de vazão defluente da usina visa preservação de estoques de água para os próximos meses nos reservatórios localizados no início da cascata do rio Paraná. Medida cumpre determinação do Operador Nacional do Sistema Elétrico e do Ministério de Minas e Energia

DA REDAÇO – PORTO PRIMAVERA
Em cumprimento à determinação do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e do Ministério de Minas e Energia, a Cesp (Companhia Energética de São Paulo) inicia, a partir desta sexta-feira (2/5), a redução gradativa e controlada da vazão mínima defluente da UHE Engenheiro Sérgio Motta (Porto Primavera). A medida faz parte de uma ação conjuntural dos dois órgãos e busca, considerando as condições hidrometereológicas, minimizar o risco de esvaziamento dos reservatórios da bacia do Rio Paraná, incluindo os rios Grande e Paranaíba, e preservar a segurança eletroenergética do País. A UHE Porto Primavera está localizada na divisão entre os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, sendo a penúltima na cascata composta por 19 hidrelétricas com reservatórios em operação na bacia do rio Paraná.
De acordo com a determinação do ONS, o limite mínimo defluente deverá ser limitado de forma gradual e controlada, passando dos atuais 4.600 m³/s para 3.900 m³/s a partir desta sexta-feira e pode se estender até o fim de outubro de 2025.
Visando garantir a qualidade ambiental, em paralelo à operação de flexibilização da vazão, a Cesp já deu início à implantação do Plano de Trabalho para conservação da biodiversidade, já aprovado pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), que inclui as diretrizes para o monitoramento socioambiental na área de influência da usina no Rio Paraná, nos trechos compreendidos entre a jusante da UHE Porto Primavera e a foz do rio Ivinhema.
“ A Cesp tem um compromisso público com a conservação da biodiversidade e proteção de nossos recursos hídricos, mantendo uma série de programas ambientais, entre eles, iniciativas voltadas para a preservação de nossa fauna aquática. No período de flexibilização de vazão, esses cuidados são mais que redobrados. Contamos com equipes multidisciplinares, com ampla experiência na área de ecologia, empenhadas diariamente e à frente das atividades de monitoramento e avaliação seja no trecho a jusante ou na foz do rio Ivinhema. ”, destaca Sérgio Silva, gerente Executivo de Operação e Manutenção das Hidrelétricas da companhia.
Entre as ações previstas, está o compromisso de equipes embarcadas com profissionais da área, incluindo biólogos, para monitorar a qualidade da água e conservação e comportamento dos peixes durante o período de flexibilização. As equipes serão compostas por equipamentos para coleta de dados e amostras em campo e kits para resgate e/ou retirada de peixes, caso haja necessidade. A Cesp também irá utilizar drones no monitoramento, principalmente em áreas de difícil acesso. Toda a ação será coordenada por uma equipe em solo e será devidamente reportada e acompanhada pelos órgãos ambientais competentes.

Canais de comunicação

Além das ações de monitoramento, a companhia mantém um canal de relacionamento com a comunidade. Para esclarecimentos de dúvidas e relatos de ocorrências é possível entrar em contato pelo WhatsApp (11) 93032-6699, canal Diálogo Aberto de atendimento à comunidade do entorno da UHE Porto Primavera, que atende de segunda a sexta-feira das 08h às 17h.

ONS estima afluências estáveis durante o mês de maio

O boletim do Programa Mensal da Operação (PMO) para a semana operativa entre 03 e 09 de maio traz uma indicação de estabilidade nas projeções de Energia Natural Afluente (ENA) ao final de maio, ante a previsão inicial. A afluência deve ser inferior à média esperada para o período em todos os subsistemas. No Sudeste/Centro-Oeste, o indicador deve chegar a 86% da Média de Longo Termo (MLT). Na sequência, estão o Norte, com 70% da MLT; o Sul, com 49% da MLT; e o Nordeste, com 39% da MLT.

A perspectiva de estabilidade também é observada nos resultados atuais de Energia Armazenada (EAR). Em 31 de maio, três regiões podem apresentar números superiores a 70%: o Norte, 98%; o Nordeste, 73,2%; e o Sudeste/Centro-Oeste, 71,4%. O Sul ao final do mês deve registrar 37,7%.

Seguimos otimizando os recursos, com uma política operativa de preservação dos reservatórios, o que se reflete na perspectiva de EAR acima de 70% em três subsistemas. Estamos atentos aos cenários, tomando as melhores decisões conforme os cenários vão se concretizando”, afirma Christiano Vieira, diretor de Operação do ONS.

A tendência para a demanda de carga também está similar à apresentada inicialmente para maio, com possível expansão no Sistema Interligado Nacional (SIN) e em todas as regiões. O crescimento no SIN é estimado em 1,9% (80.541 MWmed). A indicação de aceleração mais expressiva segue prevista para o Norte, com 5,3% (8.081 MWmed) e seguida pelo Sul, com 4,1% (13.490 MWmed). Para o Nordeste e o Sudeste/Centro-Oeste, o crescimento da carga deve ser de 3,6% (13.510 MWmed) e 0,3% (45.460 MWmed). Os percentuais comparam as projeções de maio de 2025 com os resultados verificados no mesmo período de 2024.

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