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Saúde de Araraquara confirma caso de tuberculose em morador de rua e garante que caso é monitorado

Áudio que está circulando com frequência em redes sociais alerta para o risco de contágio; Prefeitura tranquiliza e diz que paciente está em tratamento monitorado e não transmite a doença

DA REDAÇÃO – ARARAQUARA

Na manhã desta terça-feira (6), a Prefeitura dde Araraquara divulgou nota sobre paciente de tuberculose, morador de rua que fica na região da Praça Santa Cruz. De acordo com a nota, o paciente foi diagnosticado e está em tratamento monitorado e que não oferece risco de contágio. A nota foi motivada devido a um áudio que está circulando em redes sociais com frequência, alertando que moradores de rua estão com tuberculose e oferecem riscos para quem passa pelo local. A Prefeitura afirma que é falsa a informação.

A NOTA

“A Secretaria Municipal de Saúde de Araraquara esclarece que é falsa a informação divulgada em um áudio que circula pelas redes sociais, no qual uma mulher afirma que moradores em situação de rua na Praça Santa Cruz estariam com tuberculose e representariam risco de contaminação para pedestres e motoristas que passam pelo local.

Esclarecemos que, há 15 dias, a equipe do Consultório na Rua diagnosticou um único caso da doença, em um homem em situação de rua. Desde o diagnóstico, ele vem sendo acompanhado pela equipe de saúde e está realizando o tratamento com medicação diária supervisionada. O paciente também passará por avaliação com pneumologista nesta quarta-feira (7). Importante destacar que, por estar em tratamento com medicação adequada, ele não é mais considerado bacilífero, ou seja, não transmite a doença.

Desde a confirmação do caso, a equipe do Consultório na Rua tem intensificado o monitoramento na Praça Santa Cruz e já realizou testes em 18 outras pessoas em situação de rua que frequentam a região, com *100% dos resultados negativos para tuberculose*.

A Prefeitura reforça seu compromisso com a saúde pública e pede à população que não compartilhe informações falsas, que apenas geram medo e estigmatização. Em caso de dúvidas, orientamos que procurem os canais oficiais da administração municipal”.

A TUBERCULOSE

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. A doença afeta prioritariamente os pulmões (forma pulmonar), embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A forma extrapulmonar, que afeta outros órgãos que não o pulmão, ocorre mais frequentemente em pessoas vivendo com HIV, especialmente aquelas com comprometimento imunológico.

Importante: A forma pulmonar, além de ser mais frequente, é a principal responsável pela manutenção da cadeia de transmissão do M. tuberculosis.

Apesar de ser uma enfermidade antiga, a tuberculose continua sendo um importante problema de saúde pública. No mundo, a cada ano, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose. A doença é responsável por mais de um milhão de óbitos anuais. No Brasil, mais de 84 mil casos novos são notificados, ocorrendo cerca de 6 mil óbitos anuais.

Sintomas

  • Tosse por 3 semanas ou mais;
  • Febre vespertina;
  • Sudorese noturna;
  • Emagrecimento.

principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse. Essa tosse pode ser seca ou produtiva (com catarro).

Importante: Recomenda-se que toda pessoa com sintomas respiratórios, ou seja, que apresente tosse por três semanas ou mais, seja investigada para tuberculose.

Caso a pessoa apresente sintomas de tuberculose, é fundamental procurar a unidade de saúde mais próxima da residência para avaliação e realização de exames. Se o resultado for positivo para tuberculose, deve-se iniciar o tratamento o mais rápido possível e segui-lo até o final.

Transmissão

A transmissão da tuberculose acontece por via respiratória, pela eliminação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de uma pessoa com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea), sem tratamento. Quando outras pessoas respirarem essas partículas, há a possibilidade de se infectarem. Calcula-se que, durante um ano, em uma comunidade, uma pessoa com tuberculose pulmonar e/ou laríngea ativa, sem tratamento, e que esteja eliminando aerossóis com bacilos, possa infectar, em média, de 10 a 15 pessoas.

A tuberculose não se transmite por objetos compartilhados. Bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e talheres dificilmente se dispersam em aerossóis e, por isso, não têm papel importante na transmissão da doença.

Importante: Com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente, e em geral, após 15 dias, o risco de transmissão da doença é bastante reduzido.

O bacilo é sensível à luz solar e a circulação de ar possibilita a dispersão das partículas infectantes. Por essa razão, ambientes ventilados e com luz natural direta diminuem o risco de transmissão. A etiqueta da tosse, que consiste em cobrir a boca com o antebraço ou lenço ao tossir, também é uma medida importante a ser considerada.

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