Programa do Sesc abre as portas para o turismo e possibilita conhecer a história regional
Turismo Social permite que beneficiários do Sesc possam participar de viagens a preços especiais; no sábado, grupo de Araraquara esteve em Torrinha
ANTÔNIO CRISPIM – ARARAQUARA
O programa Turismo Social, do Sesc (Serviço Social do Comércio) é um dos muitos oferecidos pela instituição. Os programas, que abrangem várias áreas, proporcionam benefícios aos atendidos do Sesc. Periodicamente o Turismo Social leva turmas para diferentes pontos do Brasil, como Bertioga, Araxá, Caldas Novas, entre outros. No sábado (31), 43 turistas de Araraquara foram para Torrinha, uma pequena cidade no alto da Serra do Itaqueri, próximo a Brotas. A viagem, proporcionada pelo Sesc a preço especial, foi coordenada pela agência Nomadi Turismo, que é voltada a roteiros culturais. Os viajantes se divertiram e aprovaram a programação do roteiro Festa e Fé. Torrinha, a Pérola da Serra, tem menos de 10 mil habitantes. Tem como destaque os cafés especiais e se destaca também pelo cultivo de eucalipto e o turismo,
O grupo saiu de Araraquara pouco antes das 7 horas e chegou a Torrinha pouco depois das 8 horas. O ponto de chegada foi a Praça da Matriz São José (Bento Lacerda). No trajeto, o guia Paulo Sérgio Martins falou um pouco da história e da formação da região, a colonização e o desenvolvimento sócio econômico. Na cidade, o grupo foi recebido pela guia Renata Rayel, conhecedora das tradições locais. Tudo foi registrado pelo jornalista Marcos Siboldi e a repórter mirim Lorena Stefany, do portal Almanaque.
O primeiro compromisso em Torrinha foi um café servido no quintal da Casa Madre Café Artesanal. O café teve animação do Trio Café e Viola, com música raiz. No local, além das boas vindas com a presença do prefeito Rodolfo Buzato, os visitantes ouviram também as empresárias Rogéria Valencise (Casa Madre) e Ana Carolina Rizato (Café Rizato).
O prefeito Rodolfo Buzato falou da potencialidade da cidade, notadamente dos cafés especiais e das tradições, como o carnaval com seus bonecões (Escola de Samba Unidos da 29) e o Mosteiro Paraíso. Buzato falou também do trabalho do Sesc e da Nomadi valorizando o turismo regional.

Rogéria Valencise falou sobre a gastronomia da cidade, com predominância italiana. Já Carol Rizato citou a

história de sua família, atuando no cultivo de café desde 1904 e que desde 2014 passou a processar e empacotar cafés especiais.
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA
Como tantas outras, Torrinha surgiu a partir da ferrovia. A estação foi inaugurada em setembro de 1886. A região era grande produtora de café. O grande diferencial de Torrinha para outras cidades é a preocupação com a preservação de sua história. A estação vem passando por sucessivos processos de restauração, mas preservando as características, móveis e utensílios originais. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico foi instalada no local, que no dia 4 de julho vai ganhar oficialmente o Café Estação. Um local para amigos se reunirem, com cafés e chás especiais e também para happy hour.
A visita à estação foi o segundo compromisso do roteiro. Os visitantes foram recepcionados pela Bateria da Escola de Samba Unidos da 29, que já tem mais de 40 anos e que tem contribuído para consolidar o quase centenário carnaval de Torrinha como um dos mais importantes de toda a região. Além da bateria, os visitantes conheceram também um galpão (antigo depósito), onde se guarda material do carnaval, como os bonecões. Tiveram oportunidade de conhecer também os mestres bonequeiros Maurício (Mauro) Deungaro e a professora Kátia Regina Buzato, que explicaram as diferentes técnicas e o complexo trabalho para se fazer bonecos.

A secretária de Desenvolvimento Econômico e Políticas de Empreendedorismo, Maria Lúcia Baltieri, recepcionou os visitantes e fez um breve relato da história da ferrovia e sua importância para a economia local. Falou também da preocupação da administração municipal em preservar o local e mais do que isso, em estimular iniciativas que visam atrair visitantes.
A terceira e última etapa da visita foi no Mosteiro Paraíso, idealizado e coordenado até hoje pelo padre Nilton Antonio Marques. O local, como tantos outros do município, é motivo de orgulho dos moradores. Em meio a uma região com 75 produtores de café, o Mosteiro Paraíso é resultado da perseverança do Padre Nilton e do efetivo apoio da população de Torrinha, a área e de dois alqueires, ocupados por capelas e vários símbolos religiosos, além de salão de festa. O local é usado para casamentos e outros eventos. Periodicamente funciona uma escola diaconal, além de outros eventos religiosos.
Linda matéria
Gratidão pela presença de vocês
Serão sempre bem vindos a nossa pequena grande cidade, pequena de tamanho e grande em conteúdos e história 🥰
A maior riqueza de uma cidade, estado ou país é o seu povo. Torrinha tem um povo acolhedor e que ama sua cidade. Este é o grande diferencial. O portal existe examente para difundir boas práticas e informaçcões.
Em nome da Nomadi Turismo e do Sesc Araraquara, agradeço a participação de vocês nesse passeio e a esta rica matéria jornalística, sob olhares atentos à valorização do turismo regional, da hospitalidade local e das tradições culturais de Torrinha. Voltem sempre!