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V Sarau Antimanicomial lota teatro e emociona público

Evento foi organizado pela Prefeitura e pela Zatti Saúde e teve a participação de usuários das unidades da Rede de Atenção Psicossocial

DA REDAÇÃO – ARAÇATUBA

O Teatro Castro Alves foi palco de um espetáculo de sensibilidade, arte e inclusão na última terça-feira (03/06). O IV Sarau Antimanicomial conta com a participação de usuários das unidades da RAPS (Rede de Atenção Psicossocial) e moradores das Residências Terapêuticas Beija-Flor e Violetas.

O evento, organizado pela Zatti Saúde e Secretaria Municipal de Saúde, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura, foi uma verdadeira celebração artística e afetiva. Além de atendidos e moradores, o sarau reuniu autoridades, profissionais dos serviços de Saúde Mental do município e comunidade.

Compareceram no evento o pró-reitor da Pastoral do Unisalesiano, padre Paulo Jácomo, SDB, a coordenadora de Saúde Mental da Zatti Saúde, Lucila Bistaffa, a vice-prefeita de Araçatuba, Maria Ionice Vieira Zucon, representando a administração municipal, a presidente da Câmara de Araçatuba, Edna Flor, a chefe da Divisão de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, Alessandra Maria Pedroso, e a diretora de Assistência Especializada, Paula Roberta Pedruci Leme.

A sessão foi comandada pelo coordenador do CAPS-II (Centro de Atenção Psicossocial – II), Matheus Martins Garcia. Compareceram coordenadores dos CAPS-III, CAPS-AD e CAPS-Infantojuvenil, e Residências Terapêuticas.

Com o teatro lotado, o sarau conto com apresentações de música, dança e leitura de poema. O evento ainda teve a participação especial dos alunos da Associação Beneficente Batista João Arlindo, de Araçatuba, que abriram uma festa com música, dança e muita animação.

Fazendo a diferença

O padre Paulo Jácomo, pró-reitor da Pastoral, coincide com sua precipitação sobre o evento. “Quando vi a palavra ‘sarau’, me lembrei do seminário. E pensei: se este já é o quarto, é porque a ciência está certa. Existem vários tipos de inteligência. Ninguém é louco. Temos inteligências diferentes. E esse evento é a prova de que todos têm um dom dado por Deus.”

Para Lucila, coordenadora de Saúde Mental da Zatti Saúde, o evento foi um espaço de conexão e superação. “O teatro lotado, as crianças, os pacientes. Todos eles se dedicaram, ensaiaram, e todos estavam, mostrando que tudo é possível quando a gente se permite. Foi um momento de muita emoção, de risos, de dança, de canto. A alegria nos olhos de cada um mostrado como atividades assim fazem diferença na vida deles – e na nossa também”, relatou.

Lucila destacou ainda que o sarau é uma maneira de reafirmar que as limitações existem, mas não definem ninguém. “Na saúde mental, o ‘não’ nos impulsiona a ser melhor do que somos hoje. Ver essas apresentações foi ter certeza disso.”

 

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