Monitoramento inédito da poluição no Tietê chega à Barragem Ibitinga, Barragem de Promissão e Barragem de Avanhandava nesta quinta-feira
Expedição liderada pela SOS Mata Atlântica vai percorrer 1.030 km do rio, da nascente à foz, para coletar dados sobre contaminação e cobrar ações do poder público
DA REDAÇÃO – SÃO PAULO
Nesta quinta-feira (12/6), o rio Tietê novamente será protagonista de uma expedição científica que percorre, da nascente à foz, os principais pontos de contaminação e pressão ambiental ao longo de seus mais de mil quilômetros de extensão. A Barragem Ibitinga, a Barragem de Promissão e a Barragem de Avanhandava estão entre os destinos do quarto dia da jornada de monitoramento.
A ação é liderada pela Fundação SOS Mata Atlântica, em parceria com universidades e centros de pesquisa como UFABC, UNIFESP, CENA/USP, UFSCar e USCS. Ao longo de cinco dias, a expedição percorrerá mais de mil quilômetros do rio, realizando coletas de água e solo, e medindo indicadores como presença de microplásticos, pesticidas, fármacos e até emissão de gases de efeito estufa.
Paradas do 4º dia – 12 de junho (quinta-feira):
- Barragem Ibitinga – km 708
- Barragem de Promissão – km 810
- Barragem de Avanhandava – km 860
O objetivo é ampliar a pressão por políticas públicas de saneamento, recuperar a bacia do Tietê e dar visibilidade a dados que mostram a manipulação crescente do rio — que ainda nasce cristalino, mas é contaminado poucos quilômetros depois por esgoto sem tratamento e resíduos urbanos.
“O Tietê é um retrato do abandono das nossas águas. Com esta expedição, queremos transformar indignação em evidência, ciência em ação”, afirma Gustavo Veronesi, coordenador da causa Água Limpa da SOS Mata Atlântica.
Os resultados serão divulgados em setembro, no Dia do Rio Tietê. A ação também integra o programa Observando os Rios , uma das maiores redes de ciência cidade do Brasil, com mais de 20 mil voluntários mobilizados ao longo de 30 anos.