O Brasil merece
*José Renato Nalini
2025 é um ano emblemático. Pela segunda vez, o Brasil hospeda os ambientalistas do planeta, para discutir questões vitais. Entre 1992, que foi a primeira COP, no Rio de Janeiro, e este ano, as coisas se agravaram. Continuamos a emitir os gases venenosos, causadores do efeito estufa e o clima respondeu. Agora são emergências climáticas, não meras mudanças.
Deu para sentir. O mundo inteiro registrou fenômenos extremos, quais chuvas inclementes e cruéis ondas de calor. Nas cidades impermeabilizadas que edificamos para servir ao automóvel, não às pessoas, quando a água cai ela não tem como se infiltrar. Ganha força, forma correnteza. Enchentes e inundações. Daí os deslizamentos, os desabamentos e as mortes.
O calor mata mais do que o frio. Regiões arborizadas têm dez graus a menos do que as áridas. E uma série de problemas de saúde vai apressando a partida de pessoas que poderiam viver mais, não estivessem expostas a essas intempéries. Por sinal, provocadas pelo homem e não resultantes de atuação espontânea da natureza.
O ano de 2025 precisa servir para que todos os brasileiros se conscientizem de que devem ser guardiões atentos do ambiente, cobradores do Poder Público, já que ele existe exatamente para atender aos interesses da comunidade e protagonistas da mudança de rumo. É preciso plantar mais árvores, economizar água e energia. Andar mais a pé. Proteger nascentes e restaurar áreas desmatadas.
Também é urgente desperdiçar menos. Pois o excesso de produção de resíduos sólidos é uma característica brasileira que não encontra igual no restante da Terra. Se não mudarmos nossos hábitos, apressaremos o final da aventura humana sobre este planeta que nos acolheu tão amistosamente e que teimamos em destruir em ritmo acelerado.
O Brasil merece nossa atenção e nosso cuidado. É para proteger as atuais e futuras gerações. Vamos criar juízo e nos portar como parcelas imprescindíveis da natureza.