Justiça por Juliana Marins: 16 mil assinam petição na exigência de responsabilização e políticas de prevenção
Abaixo-assinado afirma: “Juliana Marins foi deixada para morrer”
DA REDAÇÃO – SÃO PAULO
A morte da jovem brasileira Juliana Marins durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, gerou comoção nacional e internacional. Mais de 16 mil pessoas já apoiaram a petição ” Juliana Marins foi deixada para morrer: queremos investigação internacional imediata “, publicada na plataforma Change.org. O abaixo-assinado exige apuração rigorosa das responsabilidades e a implementação de políticas de prevenção para evitar que tragédias semelhantes se repitam. Veja aqui: change.org/JusticaPorJuliana
Juliana, natural de Niterói (RJ), estava em uma viagem solo pela Ásia quando sofreu uma queda de aproximadamente 300 metros durante uma trilha guiada no Monte Rinjani, um dos vulcões mais altos da Indonésia. Segundo relatos, após relatar a exaustão, ela foi deixada para trás pela guia e acabou caindo em uma área de difícil acesso. Apesar de ter sido localizado com vida por drones e de ter recebido comida e água, o resgate demorou quatro dias para alcançá-la. Infelizmente, Juliana não resistiu aos ferimentos.
A petição destaca a negligência das autoridades locais e questiona a ausência de uma resposta rápida e eficaz por parte das equipes de resgate. Os signatários serão desativados:
- Investigação formal por parte do governo da Indonésia;
- Responsabilidade da empresa turística e do guia envolvido;
- Posicionamento do Itamaraty e acompanhamento diplomático do caso;
- Criação de alertas de viagem do governo brasileiro sobre trilhas de alto risco no exterior;
- Apoio integral à família de Juliana para ações judiciais internacionais.
“Criei essa petição porque fiquei profundamente indignado com a forma com que Juliana Marins foi tratada. Ela foi abandonada em uma trilha perigosa por um guia que tinha o dever de protegê-la. Mesmo depois de ser localizada com vida, ficou esperando um resgate que nunca veio” , afirma Riomar Vieira, natural de Fortaleza (CE). “Como ela era apenas ‘uma brasileira comum’, deixou morrer, e isso é inaceitável. O Brasil precisa se posicionar porque amanhã pode ser outro jovem, outro brasileiro, e outra família sofrer após o mesmo abandono” , completa.
A repercussão do caso levou os deputados brasileiros a protocolarem um pedido de investigação junto ao Itamaraty sobre a demora no envio de ajuda para Juliana. Além disso, um jornalista indonésia denunciou a negligência no resgate e a falta de preparação dos órgãos oficiais, apontando falhas sistêmicas nas operações de salvamento.