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Em debate no STF, Flávio Dino alerta para o vício digital e cita livro sobre drama familiar

Livro narra os esforços do pai para resgatar a filha adolescente mergulhada no vício profundo em plataformas digitais

DA REDAÇÃO – BRASÍLIA

Durante sessão no Supremo Tribunal Federal, o ministro Flávio Dino fez um alerta sobre os impactos do uso excessivo de tecnologias por crianças e adolescentes.

Ao abordar a preocupação crescente com a saúde mental da juventude, Dino aborda o livro Aconteceu com Minha Filha ( Geração Editorial/2025) como exemplo da urgência do tema. “É um livro que um pai, um tio, um avô chora lendo”, afirmou.

A obra, escrita sob o pseudônimo Paulo Zsa Zsa, narra os esforços do pai para resgatar a filha adolescente mergulhada no vício profundo em plataformas digitais, especialmente o Discord. O livro é baseado em uma experiência real vívida pelo autor e tem sido publicado sobre os limites entre o uso saudável e o uso compulsivo de tecnologias.

“O livro Aconteceu com Minha Filha não é uma narrativa ficcional, mas um testemunho poderoso da realidade de muitos jovens que, imersos no mundo digital, enfrentam consequências graves psicológicas e emocionais”, afirmou Dino, que defendeu políticas públicas de prevenção e acolhimento. “Precisamos de mais iniciativas como essa, que estimulam a reflexão sobre o papel da tecnologia em nossas vidas.”

O autor, que optou pelo anonimato por preservar a identidade da filha, diz que escrever o livro foi um gesto de alerta e de escuta.

“O vício digital não é ficção — ele está nos quartos trancados, nos celulares silenciosos, nos olhos cansados dos nossos filhos”, afirmou. “Essa história nasceu da dor, mas também da urgência de abrir os olhos da sociedade para um problema que não pode mais ser ignorado.”

Lançado em maio, o livro traz na contracapa textos do pediatra Daniel Becker e do influenciador Felipe Neto. O autor do livro foi entrevistado por Poliana Abritta em uma reportagem exibida no Fantástico , sobre o impacto das redes e jogos online no comportamento de adolescentes.

Segundo Paulo Zsa Zsa, a intenção não é demonizar a tecnologia, mas estimular o diálogo entre pais e filhos.

“Este livro é um convite à escuta. À escuta dos nossos filhos, dos seus silêncios, dos seus sinais. Não se trata de condenar o digital, mas de recuperar o vínculo perdido em um mundo onde a tela muitas vezes ocupa o lugar do afeto.”

A discussão no STF ocorre em meio ao aumento de casos de ansiedade, depressão e automutilação entre adolescentes, frequentemente associados ao uso intenso de dispositivos digitais. Especialistas estão alertados para a importância da regulação, acompanhamento parental e educação digital desde a infância.

Assista à fala de Flávio Dino no link: https://youtu.be/6PhCpm8yxBs?si=FjNvafViGQsfmD21

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