Justiça condena sete investigados na Operação Ligações Perigosas
Entre os condenados figura um ex-assessor parlamentar da Câmara de Araçatuba, lotado no gabinete do ex-vereador Antônio Edwaldo Dunga Costa; ação teve apoio do Gaeco, do MP de São Paulo
ANTÔNIO CRISPIM – ARAÇATUBA
A investigação conduzida com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), de Araçatuba, resultou na condenação de sete homens que integravam a facção em um ponto denominada Esquina Maluca, ligada ao Primeiro Comando da Capital. A organização atua no Bairro São José, em Araçatuba e foi alvo da Operação Ligações Perigosas, desencadeada no dia 6 de setembro do ano passado. Além do tráfico e outros crimes, aoperação mirou a possível interferferênccia do crime organizado na politica local. Houve uma morte em confronto com os policiais.
OS CONDENADOS
A OPERAÇÃO
No início da manhã do dia 6 de setembro, foi deflagrada a Operação Ligações Perigosas, envolvendo mais de 400 pessoas, entre policiais militares, policiais civis e integrantes do Ministério Público Estadual. A operação tinha como como objetivo o enfrentamento à organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na região de Araçatuba, com foco na infiltração da facção na política local, no tráfico de drogas e no esclarecimento de homicídios.
De acordo com o Ministério Público do Estado de São Paulo, a operação foi resultado de esforço investigativo coordenado do Gaeco e Deic, buscando desarticular as atividades da organização criminosa mediante repressão e responsabilização de seus membros e colaboradores. As investigações apontaram ordens do crime organizado, até mesmo de dentro de presídios, determinando ações em Araçatuba e cidades da região. Além disso, foi apurado o financiamento de manifestações populares, inclusive em Brasília, contra o fim da saída temporária.
Quanto à operação, foram expedidos 35 mandados de prisão temporária e 104 mandados de busca e apreensão, pela 1ª e pela 2ª Varas Criminais da Comarca de Araçatuba. Os mandados foram cumpridos em Araçatuba, Birigui, Penápolis, São Paulo, Paraguaçu Paulista, Assis, São José do Rio Preto e Anhumas, entre outras em São Paulo e Dourados em Mato Grosso do Sul.
(Com informações do Ministério Público do Estado de São Paulo e Trio Notícias)