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Justiça condena sete investigados na Operação Ligações Perigosas

Entre os condenados figura um ex-assessor parlamentar da Câmara de Araçatuba, lotado no gabinete do ex-vereador Antônio Edwaldo Dunga Costa; ação teve apoio do Gaeco, do MP de São Paulo

ANTÔNIO CRISPIM – ARAÇATUBA

A investigação conduzida com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), de Araçatuba, resultou na condenação de sete homens que integravam a facção em um ponto denominada Esquina Maluca, ligada ao Primeiro Comando da Capital. A organização atua no Bairro São José, em Araçatuba e foi alvo da Operação Ligações Perigosas, desencadeada no dia 6 de setembro do ano passado. Além do tráfico e outros crimes, aoperação mirou a possível interferferênccia do crime organizado na politica local. Houve uma morte em confronto com os policiais.

De aacordo com o Ministério Público de São Pauloo, somadas, as penas determinadas na sentença da última quinta-feira (26/6) chegam a 80 anos e 6 meses, todas em regime fechado. A Justiça manteve todas as prisões preventivas.
Segundo os promotores, a organização era dividida em três núcleos. Além das lideranças, responsáveis pelo comando coletivo, havia os gerentes, encarregados do controle logístico, segurança armada e entrega de drogas; e ainda vendedores e olheiros, incumbidos de comercialização e vigilância territorial.
“A partir das diligências realizadas, especialmente através de interceptações telefônicas (…), foi possível descortinar o funcionamento estruturado da facção, com divisão de tarefas e posição definida, e a atuação de seus integrantes no chamado ‘sistema de conferência’ – rede de vigilância e comunicação articulada com o objetivo de monitorar a movimentação no bairro”, diz a sentença da 2ª Vara Criminal.

OS CONDENADOS

Nia 31 e março último foram condenados quadro investigados. Agora mais sete foram ccondenados. Os condenados recentemente foram: Rafael Vinicius Vargaas Sturaro e Felipe da Silva (ambos a 18 anos e três meses cada), Leandro de Aguilar Carvalho (15 anos e sete meses), Cleber Fernandes da Silva (14 anos e um mês), Paulo Giovane de Aguilar Carvalho, Gilmar Alves de Carvalho e José Augusto Peereira da Rocha (4 anos e nove meses cada um). Paulo Giovane de Aguilar Carvalho chegou a atuar na Câmara Municipal como assessor parlamentar, lotado no gabinete do vereador Antônio Edwaldo Dunga Costa.

A OPERAÇÃO

No início da manhã do dia 6 de setembro, foi deflagrada a Operação Ligações Perigosas, envolvendo mais de 400 pessoas, entre policiais militares, policiais civis e integrantes do Ministério Público Estadual. A operação tinha como como objetivo o enfrentamento à organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na região de Araçatuba, com foco na infiltração da facção na política local, no tráfico de drogas e no esclarecimento de homicídios.

De acordo com o Ministério Público do Estado de São Paulo, a operação foi resultado de esforço investigativo coordenado do Gaeco e Deic, buscando desarticular as atividades da organização criminosa mediante repressão e responsabilização de seus membros e colaboradores. As investigações apontaram ordens do crime organizado, até mesmo de dentro de presídios, determinando ações em Araçatuba e cidades da região. Além disso, foi apurado o financiamento de manifestações populares, inclusive em Brasília, contra o fim da saída temporária.

Quanto à operação, foram expedidos 35 mandados de prisão temporária e 104 mandados de busca e apreensão, pela 1ª e pela 2ª Varas Criminais da Comarca de Araçatuba. Os mandados foram cumpridos em Araçatuba, Birigui, Penápolis, São Paulo, Paraguaçu Paulista, Assis, São José do Rio Preto e Anhumas, entre outras em São Paulo e Dourados em Mato Grosso do Sul.

(Com informações do Ministério Público do Estado de São Paulo e Trio Notícias)

 

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