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Apesar de erros no clássico, Abatti é o árbitro com quem o Palmeiras menos pontua

Levantamento inédito mostra que média de pontos do time com Ramon Abatti Abel é 65% menor do que com outros árbitros

DA REDAÇÃO – SÃO PAULO

A rodada do fim de semana do Campeonato Brasileiro ficou marcada pela atuação polêmica do árbitro Ramon Abatti Abel no clássico entre Palmeiras e São Paulo. Os erros cometidos durante a partida foram tão flagrantes que a CBF decidiu afastá-lo das escalas, para “treinamento, aprimoramento e avaliação interna”.
Mas, apesar da performance contestada no domingo, Abatti é justamente o árbitro com quem o Palmeiras menos pontua no Brasileirão.

Levantamento inédito

De acordo com um levantamento inédito do Bolavip Brasil, o desempenho do Palmeiras cai drasticamente quando Ramon Abatti Abel está no comando das partidas. A média de pontos conquistados pelo time alviverde é 65% menor com ele em campo, em comparação com outros árbitros.

O estudo, com base em dados da plataforma de estatísticas Opta, considerou todas as partidas do Campeonato Brasileiro de 2021 até a 27ª rodada de 2025. Foram computados os pontos ganhos por cada equipe sob a arbitragem de diferentes juízes, descartando-se médias de árbitros que apitaram quatro jogos ou menos para determinado clube.

O desempenho do Palmeiras com Abatti

No período analisado, o Palmeiras disputou 14 partidas com Abatti Abel apitando, somando quatro vitórias, seis empates e quatro derrotas.
Com isso, a média de aproveitamento é de 1,3 ponto por jogo, contra 2 pontos por partida quando o clube é comandado por outros árbitros.

Erros no clássico contra o São Paulo

No confronto mais recente, dois lances foram especialmente criticados.
O primeiro ocorreu quando o jogo estava 2 a 0 para o São Paulo, e o árbitro deixou de marcar pênalti após um carrinho de Allan em Tapia dentro da área — o VAR sequer foi acionado para revisão.
No segundo, Andreas Pereira cometeu falta dura em Marcos Antônio, em lance passível de cartão vermelho, mas novamente o VAR não interveio.

Rafael Klein e o Corinthians

O levantamento também apontou outros árbitros “azarados” para grandes clubes. O caso mais extremo é o do Corinthians, com Rafael Klein: o time conquista cinco vezes menos pontos com ele na arbitragem.

Em sete partidas, o Timão somou apenas dois empates e cinco derrotas, uma média de 0,3 ponto por jogo, contra 1,5 ponto em média com outros árbitros.

Confira o árbitro que traz azar aos principais times do Brasil (entre parênteses, a média de pontos por jogo com e sem o árbitro):

Sport: Raphael Claus (0,1 pt/jogo; 0,9 pt/jogo)

Vasco: Paulo Cezar Zanovelli (0,2 pt/jogo; 1,3 pt/jogo)

Athletico: Sávio Pereira Sampaio (0,2 pt/jogo; 1,4 pt/jogo)

Coritiba: Wagner do Nascimento Magalhães (0,3 pt/jogo; 1 pt/jogo)

Corinthians: Rafael Klein (0,3 pt/jogo; 1,5 pt/jogo)

Ceará: Luiz Flávio de Oliveira (0,4 pt/jogo; 1,2 pt/jogo)

Santos: Raphael Claus (0,4 ts/jogo; 1,2 pt/jogo)

Grêmio: Luiz Flávio de Oliveira (0,4 pt/jogo; 1,4 pt/jogo)

São Paulo: Raphael Claus (0,5 pt/jogo; 1,4 pt/jogo)

Fortaleza: Anderson Daronco (0,5 pt/jogo; 1,5 pt/jogo)

Goiás: Bráulio da Silva Machado (0,6 pt/jogo; 1,1 pt/jogo)

RB Bragantino: Paulo Lucas Torezin (0,6 pt/jogo; 1,4 pt/jogo)

Atlético-MG: Davi de Oliveira Lacerda (0,6 pt/jogo; 1,6 pt/jogo)

Bahia: Flávio Rodrigues de Souza (0,7 pt/jogo; 1,4 pt/jogo)

Vitória: Bruno Arleu de Araújo (0,8 pt/jogo; 1,1 pt/jogo)

Flamengo: Edna Alves Batista (0,8 pt/jogo; 1,8 pt/jogo)

Fluminense: Raphael Claus (0,9 pt/jogo; 1,5 pt/jogo)

Internacional: Matheus Candançan (1 pt/jogo; 1,6 pt/jogo)

Botafogo: Matheus Candançan (1 pt/jogo; 1,7 pt/jogo)

Palmeiras: Ramon Abatti Abel (1,3 pt/jogo; 2 pts/jogo)

Cruzeiro: Raphael Claus (1,2 pt/jogo; 1,5 pt/jogo)

 

Crédito da imagem: AGIF / Alamy

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