Santa Casa de Araçatuba terá nova maternidade voltada a partos de baixo risco
Unidade será instalada em prédio histórico do hospital e integra ações da Rede Alyne para fortalecer o cuidado materno e infantil no SUS
DA REDAÇÃO – ARAÇATUBA
Em um importante avanço para a saúde pública regional, a Santa Casa de Araçatuba anunciou a construção de uma nova maternidade dedicada exclusivamente a partos de baixo risco. A iniciativa resulta de uma parceria entre o hospital, a Direção Regional de Saúde (DRS 2), a Prefeitura de Araçatuba, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, e o UniSalesiano. O objetivo é ampliar e qualificar o atendimento, garantindo mais segurança, conforto e humanização para as gestantes do município.
Atualmente referência em partos de alto risco, que continuarão sendo realizados no Centro de Ginecologia e Obstetrícia do quarto andar, a Santa Casa dará um novo passo com a criação dessa maternidade moderna e humanizada voltada ao atendimento de gestações de baixo risco.
A nova unidade será instalada no histórico prédio voltado à Rua Floriano Peixoto, onde hoje funciona o Serviço de Endoscopia e Diagnósticos — espaço que será totalmente reformado e adaptado. A obra será custeada com recursos do UniSalesiano, por meio do Programa Mais Médico, e com cota de investimento da Prefeitura de Araçatuba. A previsão é de que a maternidade seja inaugurada no primeiro semestre de 2026.
O acordo entre as instituições também prevê a transferência do teto MAC (Média e Alta Complexidade), permitindo que a Santa Casa centralize todos os partos de baixo risco, assim como já ocorre com os de alta complexidade.
Rede Alyne e fortalecimento do SUS
O projeto está inserido no contexto da implantação da Rede Alyne, programa do Ministério da Saúde que substitui a antiga Rede Cegonha. A iniciativa busca fortalecer o cuidado materno e infantil no Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na redução da mortalidade materna e neonatal e na atenção integral e articulada entre os diferentes níveis de assistência.
A Rede Alyne homenageia Alyne Pimentel, mulher negra vítima de morte materna, e simboliza o compromisso do programa com uma saúde pública antirracista e com o enfrentamento das desigualdades étnico-raciais no acesso à saúde no Brasil.