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Mães solo encontram no setor de telesserviços um caminho de acolhimento, estabilidade e crescimento

Mais de 70% da força de trabalho é feminina; setor se destaca por políticas de inclusão e apoio à maternidade

DA REDAÇÃO

No Brasil, mais de 11 milhões de mulheres criam seus filhos sem a presença do outro genitor, segundo o IBGE. Nesse cenário, o setor de telesserviços tem se consolidado como um importante espaço de acolhimento e oportunidade para mães solo, oferecendo flexibilidade, estabilidade e políticas voltadas ao bem-estar.

De acordo com a Associação Brasileira de Telesserviços (ABT), mais de 70% dos profissionais do setor são mulheres. Para o diretor executivo da ABT, Gustavo Faria, o compromisso com a diversidade e a empregabilidade feminina é parte essencial do segmento. “Nosso setor tem sido um verdadeiro motor de transformação na vida de milhares de mulheres. Ao oferecer oportunidades com flexibilidade, programas de apoio e possibilidades reais de crescimento, conseguimos não apenas empregar, mas acolher e impulsionar mães solo em suas jornadas. Essa sensibilidade é parte do nosso DNA”, afirma.

17 anos de superação e conquistas

Aos 36 anos, Fabiane de Farias é analista de Recursos Humanos na Callink e mãe solo de quatro filhos. Ela começou na empresa há 17 anos, como operadora de atendimento, atraída pela jornada reduzida e pelo auxílio-creche. “Eu precisava estar presente na vida das crianças, e o setor permitia isso. Trabalhava seis horas por dia, conseguia levá-los à escola e ainda ter tempo com eles”, relembra.

Com o tempo, Fabiane buscou se qualificar, cursou Recursos Humanos e conquistou oportunidades internas. “Foi puxado, mas possível. A Callink sempre me ofereceu estabilidade e incentivo para continuar”, conta. Hoje, ela reconhece a importância de programas como o “Mamãe Nota 10”, iniciativa da empresa que oferece orientações práticas e apoio emocional para gestantes e mães de primeira viagem. “Esses projetos fortalecem as mulheres e criam uma rede de apoio essencial”, diz.

Recomeço e acolhimento no setor

A história de Gleizy Del Carmen, de 29 anos, também reflete o papel transformador do setor. Refugiada da Venezuela, ela chegou ao Brasil há quatro anos com a filha pequena e, após muitas dificuldades, encontrou emprego na Foundever, onde atua como analista bilíngue.

“Foi muito difícil no começo, mas o setor me acolheu. A empresa me ajudou com documentação, regularização e até a trazer minha filha mais velha”, relata. Hoje, Gleizy integra o projeto “Olha Elas”, voltado exclusivamente para mães solo, com encontros sobre saúde mental, educação financeira e direitos sociais. “Aprendi a me organizar melhor e cuidar do futuro das minhas filhas. Às vezes, pequenas informações mudam tudo”, diz.

A área de assistência social da Foundever também ajudou na regularização familiar e no acesso a políticas públicas. “Mesmo longe do meu país, aqui me sinto em casa. As colegas se tornaram minha família. O setor me abraçou quando eu mais precisei”, resume.

Com histórias como as de Fabiane e Gleizy, o setor de telesserviços se firma como um exemplo de empregabilidade inclusiva e suporte social, especialmente para mulheres que conciliam trabalho, maternidade e reconstrução de vida.

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