OAB SP anuncia Comissão de Estudos para Reforma do Judiciário
Composta por comissão notáveis do universo jurídico, vai elaborar propostas para serem apresentadas ao Congresso Nacional e ao presidente do STF
DA REDAÇÃO – SÃO PAULO
O presidente da OAB SP (Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo), Leonardo Sica, anunciou oficialmente, na manhã desta segunda-feira (23), a criação da Comissão de Estudos para a Reforma do Judiciário. A foi apresentada durante a reunião do Conselho Pleno da Ordem Paulista, com a presença dos novos membros do novo grupo, formados por notáveis do universo jurídico – Ellen Gracie e Cezar Peluso, ex-presidentes do Supremo Tribunal Federal; José Eduardo Cardozo e Miguel Reale Jr., ex-ministros da Justiça; Maria Tereza Sadek, Oscar Vilhena e Alessandra Benedito, representantes da Academia com estudos relacionados ao tema; e dois ex-presidentes da OAB: Patrícia Vanzolini (OAB SP) e Cezar Britto (OAB Nacional).
“A Comissão tem como objetivo elaborar, inicialmente, duas propostas para serem apresentadas tanto ao Congresso Nacional quanto para o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), em junho de 2026”, explicou Sica. “A confiança da nossa população no Poder Judiciário é essencial para a continuidade democrática nesse momento da vida nacional. Não há dúvida nenhuma, todos aqui concordamos, que a Justiça assume uma central local de exigibilidade e de garantia da nossa democracia, e com isso o Poder Judiciário passa a ter mais alcance, mais estrutura, mais orçamento. Esse crescimento exige contrapartidas, como eficiência, estabilidade, transparência e mais participação de todos na administração da Justiça”, acrescentou o presidente da Ordem paulista.
Sica também chamou a atenção para o previsto no artigo 133 da Constituição Federal: “Os juízes têm o monopólio de dizer o Direito, isso já é bastante pesado, mas não têm o monopólio de administrar a Justiça, uma tarefa que deve ser necessariamente compartilhada com a sociedade”, esclareceu. “A Administração da Justiça deve ter senso de cooperação entre atores, academia, população, advocacia, Ministério Público, procuradores e defensorias . A palavra-chave que permeia o trabalho da OAB SP e vai permear o trabalho dessa Comissão é cooperação”, finalizou.